sábado, 24 de novembro de 2012

Um cara acima da média


A responsabilidade da iniciativa e a necessidade de dominação eram problemas nunca resolvidos entre nós. Eu fiz sexo com homens, algumas vezes, no fim da adolescência. Eu gostava de skate e praticava com os garotos mais velhos do bairro. Vitor era o melhor do grupo, nariz torto e corpo fantástico, rei das manobras. Sujeito independente e sensato, e gostava de mim. Mesmo em roupas masculinas, eu tinha o corpo bonito e era difícil ficar na minha. Ele ajudava, não deixava os caras mexerem comigo. Nós ficamos algumas vezes, sem nenhum plano, durante um tempo. Ele transava bem e cheguei a imaginar que talvez eu pudesse ser hetero sem saber. Na faculdade transei com outro cara, para tirar a dúvida, foi um desastre e cheguei à conclusão que Vítor foi pura sorte, um cara acima da média, o tipo de cara que uma lésbica poderia gostar. Eu imaginava o sexo hetero a partir de Vitor. Ser a moça e bonita, a mulher de um cara. Muitas vezes foi útil, porque as meninas bonitas gostam de sentir daquele jeito, e eu sabia como fazer. Funcionava na pegação, mas bancar o macho da gatinha não se sustenta por muito tempo. Eu sabia como era transar com uma sapatão de verdade.

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