sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Terreno natural


Estava quase escuro quando chegamos na casa em Gonçalves. Deixamos as bolsas no quarto, os pacotes de comida na pequena mesa da cozinha. Não havia televisão nem internet, apenas a sala pouco confortável, o terreno natural e pouco bonito ao redor. Eu não tinha vontade de conversar, nem ela. Sem entusiasmo ou suspiros de satisfação. Fizemos o que era certo para recuperar a intimidade entre nós: conseguimos a casa, arrumamos a bagagem, percorremos a estrada, chegamos. Mas não havia televisão. Abri uma garrafa de vinho, bebemos duas na sequência e falamos bastante, coisas engraçadas e ácidas sobre outras pessoas, como duas colegas de trabalho que mal se conhecem, num almoço forçado em que o único assunto é ridicularizar quem não está presente. Ela dormiu antes, eu estava tão bêbada que via o teto baixo de madeira oscilar sobre a cama. Dormi sem perceber, e acordei de repente algumas horas depois, no meio da madrugada. Virei algumas vezes na cama, sem sono, e o corpo meio despido de Agnes me deixou excitada. Encaixei-me por trás dela e acariciei suas coxas, depois comprimi seu corpo todo, com mais força, ela não resistiu. Montei por cima dela que abriu parcialmente os olhos, gemendo um pouco. Dobrei suas pernas abertas e passei saliva, enquanto me movimentava, deixando-a mais molhada para mim. Quase gozando eu a virei de bruços, eu já inchada e úmida, gozei algumas vezes me esfregando em sua bunda. Ela estava acordada, e não queria parar. Usei meus dedos, ainda por cima dela, penetrando na frente e atrás ao mesmo tempo, como se a agarrasse por dentro, pressionando sempre a virilha sobre ela, até sentir seu interior latejar. Isso durou muito tempo, e no outro dia, com dor de cabeça, algumas imagens da noite piscavam em minha memória, como se tivesse acontecido num passado remoto.

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