segunda-feira, 26 de outubro de 2009

A qualidade do azeite

Meu livro infelizmente está parado, enquanto tento me desvencilhar de assuntos gerais.

Segue um resumo esboçado dos capítulos. Vou mudar os nomes, mas ainda não tive idéias melhores. Lia mora em Osasco, recém-formada em Ciências Sociais, lésbica militante da periferia.

Teca tem a mesa idade, lésbica riquinha de baladas no "centro expandido" da capital.

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"Capítulo 2 – Lia se instala no apartamento de Teca e começa a procurar outro emprego. A amiga é generosa e entusiasmada. Vão a uma festa onde Lia reencontra as amigas lésbicas com que convivia durante a faculdade. Todas têm empregos interessantes em agências de publicidade, escritórios de design e ateliês de moda. Lia bebe e beija uma delas longamente, durante o fim da festa.

No dia seguinte, Teca age friamente, e pede para Lia sair de seu apartamento. Ela não entende, mas logo percebe que a amiga sente ciúme.

Capítulo 3 – Lia explica-se a Teca. Nunca desconfiou de seus sentimentos – considerava-a rica e bonita demais para se interessar por ela. Alguma tensão e choro, depois as pazes e um clima de sedução. As duas transam e Lia não sai do apartamento.

Capítulo 4 – Teca consegue um emprego para Lia, de assistente pessoal de sua mãe, antropóloga recentemente aposentada, que inicia carreira como pintora de temas étnicos. Lia vai a um almoço com Teca, sua mãe e amigas intelectuais – parte da elite universitária de São Paulo. Ela sente-se acuada; entre as amigas estão suas ex-professoras mais famosas e respeitadas.

Voltando para o apartamento, Lia tem uma crise e diz que não pertence a esse lugar, não quer ver suas professoras discutindo a qualidade do azeite. Teca se diverte e quer transar, mas Lia não consegue, está fechada em seus dramas sociais. Teca se cansa e vai para uma festa. Lia segue emburrada. Na festa, percebe que outra garota está flertando com Teca. Lia fica frágil, age como mulherzinha, se entrega a Teca sem vontade, para não perdê-la."

4 comentários:

marcos disse...

na festinha do capítulo 2 eu lembrei de um filme, tutta la vita davanti, a menina formada em filosofia só consegue arranjar emprego de operadora de telemarketing. o filme é bom :)

sabina anzuategui disse...

parece bacana... vou procurar.

marcos disse...

ah, então: é porque tem uma festinha em que ela vai e ela fica morrendo de vergonha do emprego que tem, porque todo mundo faz coisas importantes menos ela.

sabina anzuategui disse...

festinha de modernos é fodíssimo para pobres.