quinta-feira, 29 de outubro de 2009
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
Colonialismo, Caetano e a guerrilha
Continuando o resumo dos capítulos. Fiz assim, organizadamente, porque quero um livro com narrativa rápida, baseada em ação, como um seriado de tv (bom seriado, naturalmente).
- - -
Capítulo 5 – Meio deprimida, Lia faz uma viagem com Suzana, a nova chefe/sogra. Incomoda-se ao perceber que esta não puxa a descarga no banheiro do hotel (distraída, ou esperando que alguém faça isso por ela?). De volta a São Paulo, Lia vê Teca conversando com outra amiga moderna. Sente-se ameaçada, pensa que vai perder a namorada, a casa e o emprego.
Tentando reagir, volta à universidade, procurando informações sobre pós-graduação em economia e administração. Enquanto descansa por alguns minutos no gramado do campus, um homem se aproxima. É Maranhão, um ex-aluno de sociologia que enlouqueceu (segundo dizem) e fica vagando perto do bandejão. Maranhão começa seu discurso verborrágico sobre colonialismo, anos 60, Caetano Veloso e a guerrilha no Araguaia. Lia quer escapar, mas o homem faz suas perguntas desconexas e ela responde impulsivamente.
Depois de um tempo, percebe que consegue conversar com o louco, sem calcular antecipadamente suas frases.
Capítulo 6 – Lia volta para a casa de Teca, mais tranquila. Mostra-se disposta a transar de várias maneiras, usar apetrechos que antes recusava. Outras amigas e amigos vêm visitá-las, com maconha e drogas gerais. A noite corre solta, Teca fica com sono e dorme.
Lia fica chapada e transa com duas meninas e dois caras na sala do apartamento. Teca acorda no dia seguinte e desconfia de algo. Primeiro fica quieta, depois pressiona Lia e as duas discutem violentamente. A discussão se transforma em luta física e agressão sexual.
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Capítulo 5 – Meio deprimida, Lia faz uma viagem com Suzana, a nova chefe/sogra. Incomoda-se ao perceber que esta não puxa a descarga no banheiro do hotel (distraída, ou esperando que alguém faça isso por ela?). De volta a São Paulo, Lia vê Teca conversando com outra amiga moderna. Sente-se ameaçada, pensa que vai perder a namorada, a casa e o emprego.
Tentando reagir, volta à universidade, procurando informações sobre pós-graduação em economia e administração. Enquanto descansa por alguns minutos no gramado do campus, um homem se aproxima. É Maranhão, um ex-aluno de sociologia que enlouqueceu (segundo dizem) e fica vagando perto do bandejão. Maranhão começa seu discurso verborrágico sobre colonialismo, anos 60, Caetano Veloso e a guerrilha no Araguaia. Lia quer escapar, mas o homem faz suas perguntas desconexas e ela responde impulsivamente.
Depois de um tempo, percebe que consegue conversar com o louco, sem calcular antecipadamente suas frases.
Capítulo 6 – Lia volta para a casa de Teca, mais tranquila. Mostra-se disposta a transar de várias maneiras, usar apetrechos que antes recusava. Outras amigas e amigos vêm visitá-las, com maconha e drogas gerais. A noite corre solta, Teca fica com sono e dorme.
Lia fica chapada e transa com duas meninas e dois caras na sala do apartamento. Teca acorda no dia seguinte e desconfia de algo. Primeiro fica quieta, depois pressiona Lia e as duas discutem violentamente. A discussão se transforma em luta física e agressão sexual.
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
A qualidade do azeite
Meu livro infelizmente está parado, enquanto tento me desvencilhar de assuntos gerais.
Segue um resumo esboçado dos capítulos. Vou mudar os nomes, mas ainda não tive idéias melhores. Lia mora em Osasco, recém-formada em Ciências Sociais, lésbica militante da periferia.
Teca tem a mesa idade, lésbica riquinha de baladas no "centro expandido" da capital.
- - -
"Capítulo 2 – Lia se instala no apartamento de Teca e começa a procurar outro emprego. A amiga é generosa e entusiasmada. Vão a uma festa onde Lia reencontra as amigas lésbicas com que convivia durante a faculdade. Todas têm empregos interessantes em agências de publicidade, escritórios de design e ateliês de moda. Lia bebe e beija uma delas longamente, durante o fim da festa.
No dia seguinte, Teca age friamente, e pede para Lia sair de seu apartamento. Ela não entende, mas logo percebe que a amiga sente ciúme.
Capítulo 3 – Lia explica-se a Teca. Nunca desconfiou de seus sentimentos – considerava-a rica e bonita demais para se interessar por ela. Alguma tensão e choro, depois as pazes e um clima de sedução. As duas transam e Lia não sai do apartamento.
Capítulo 4 – Teca consegue um emprego para Lia, de assistente pessoal de sua mãe, antropóloga recentemente aposentada, que inicia carreira como pintora de temas étnicos. Lia vai a um almoço com Teca, sua mãe e amigas intelectuais – parte da elite universitária de São Paulo. Ela sente-se acuada; entre as amigas estão suas ex-professoras mais famosas e respeitadas.
Voltando para o apartamento, Lia tem uma crise e diz que não pertence a esse lugar, não quer ver suas professoras discutindo a qualidade do azeite. Teca se diverte e quer transar, mas Lia não consegue, está fechada em seus dramas sociais. Teca se cansa e vai para uma festa. Lia segue emburrada. Na festa, percebe que outra garota está flertando com Teca. Lia fica frágil, age como mulherzinha, se entrega a Teca sem vontade, para não perdê-la."
Segue um resumo esboçado dos capítulos. Vou mudar os nomes, mas ainda não tive idéias melhores. Lia mora em Osasco, recém-formada em Ciências Sociais, lésbica militante da periferia.
Teca tem a mesa idade, lésbica riquinha de baladas no "centro expandido" da capital.
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"Capítulo 2 – Lia se instala no apartamento de Teca e começa a procurar outro emprego. A amiga é generosa e entusiasmada. Vão a uma festa onde Lia reencontra as amigas lésbicas com que convivia durante a faculdade. Todas têm empregos interessantes em agências de publicidade, escritórios de design e ateliês de moda. Lia bebe e beija uma delas longamente, durante o fim da festa.
No dia seguinte, Teca age friamente, e pede para Lia sair de seu apartamento. Ela não entende, mas logo percebe que a amiga sente ciúme.
Capítulo 3 – Lia explica-se a Teca. Nunca desconfiou de seus sentimentos – considerava-a rica e bonita demais para se interessar por ela. Alguma tensão e choro, depois as pazes e um clima de sedução. As duas transam e Lia não sai do apartamento.
Capítulo 4 – Teca consegue um emprego para Lia, de assistente pessoal de sua mãe, antropóloga recentemente aposentada, que inicia carreira como pintora de temas étnicos. Lia vai a um almoço com Teca, sua mãe e amigas intelectuais – parte da elite universitária de São Paulo. Ela sente-se acuada; entre as amigas estão suas ex-professoras mais famosas e respeitadas.
Voltando para o apartamento, Lia tem uma crise e diz que não pertence a esse lugar, não quer ver suas professoras discutindo a qualidade do azeite. Teca se diverte e quer transar, mas Lia não consegue, está fechada em seus dramas sociais. Teca se cansa e vai para uma festa. Lia segue emburrada. Na festa, percebe que outra garota está flertando com Teca. Lia fica frágil, age como mulherzinha, se entrega a Teca sem vontade, para não perdê-la."
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
Dear Cupid
Do site Dear Cupid:
"I wonder if you can help. I now know that my relationship is now definately over and I'm looking for some closure. I still have some photo's and bits and pieces belonging to my ex. I was thinking of mailing them to her with the engagement ring, and a card she sent me stating that we were soulmates (she ended the relationship) just to bring it home what she has lost.
Does anyone agree with me or should I just leave it as it is?"
"I wonder if you can help. I now know that my relationship is now definately over and I'm looking for some closure. I still have some photo's and bits and pieces belonging to my ex. I was thinking of mailing them to her with the engagement ring, and a card she sent me stating that we were soulmates (she ended the relationship) just to bring it home what she has lost.
Does anyone agree with me or should I just leave it as it is?"
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
Menos tu vientre
Menos tu vientre
todo es confuso
Menos tu vientre
todo es futuro
fugaz, pasado,
baldío y turbio
Menos tu vientre
todo es oculto,
menos tu vientre
todo inseguro,
todo postrero,
polvo sin mundo
Menos tu vientre
todo es oscuro,
menos tu vientre
claro y profundo
(obs: o arranjo vira um horror, na metade da canção)
todo es confuso
Menos tu vientre
todo es futuro
fugaz, pasado,
baldío y turbio
Menos tu vientre
todo es oculto,
menos tu vientre
todo inseguro,
todo postrero,
polvo sin mundo
Menos tu vientre
todo es oscuro,
menos tu vientre
claro y profundo
(obs: o arranjo vira um horror, na metade da canção)
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
O feminismo marcha, minha filha
Contribuição de minha amiga Fernanda:
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João de Minas (1896-1984), pseudônimo de Ariosto Palombo, escreveu "A
mulher carioca aos 22 anos" em 1934.
Um trecho:
"– Agora é que você vai ver que bom - estertorou a literata, babando de gozo.
Foi a uma gaveta, e ficou de costas, afivelando uma espécie de cinta. De repente, voltou-se, cheia de um orgulho sádico. Angélica levou um susto. Claudia tinha se transformado num homem, e bem servido.
Aproximou-se, e ficou diante da cama, mostrando o membro triunfante e duro. Foi informando:
– Isto, meu bem, é a última palavra... É um aparelho de borracha, devido ao gênio dos argentinos, e se ajusta tão bem que qualquer mulher pode ser realmente um homem... No escuro, nem se percebe a diferença.
– É o Sexo Masculino Mecânico! No interior dele há uma espécie de dedinho, também de borracha, e que mexe deliciosamente com a gente, logo que se começa o vaivém... Você compreende... Até o calor humano há aqui, por meio de uma camada de água tépida, por dentro desta beleza...
E a tarada empunhou a banana sexual. E a sacudia, pensativa. Continuou, científica:
– O feminismo marcha, minha filha. Por este processo as mulheres podem saborear a vida, sem precisar dos homens, do casamento, e de outras tolices. Com uma vantagem: esta gracinha faz-se sob medida, e as mulheres de... de... boca grande podem ter as carícias volumosas de que precisam... É uma revolução, uma beleza!
Houve um silêncio. Angélica encolheu-se, cobriu a sua nudez. Claudia sacudia o membro.
– Pega nele – convidou.
Angélica, devagarinho, sentindo uma água ancestral na boca, um apetite hereditário de devassidão, pegou religiosamente no falo. O bruto parecia do legítimo, e latejava, estava quente e convidativo.
– Abre as pernas, meu anjo... – ciciou Claudia, deitando-se."
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João de Minas (1896-1984), pseudônimo de Ariosto Palombo, escreveu "A
mulher carioca aos 22 anos" em 1934.
Um trecho:
"– Agora é que você vai ver que bom - estertorou a literata, babando de gozo.
Foi a uma gaveta, e ficou de costas, afivelando uma espécie de cinta. De repente, voltou-se, cheia de um orgulho sádico. Angélica levou um susto. Claudia tinha se transformado num homem, e bem servido.
Aproximou-se, e ficou diante da cama, mostrando o membro triunfante e duro. Foi informando:
– Isto, meu bem, é a última palavra... É um aparelho de borracha, devido ao gênio dos argentinos, e se ajusta tão bem que qualquer mulher pode ser realmente um homem... No escuro, nem se percebe a diferença.
– É o Sexo Masculino Mecânico! No interior dele há uma espécie de dedinho, também de borracha, e que mexe deliciosamente com a gente, logo que se começa o vaivém... Você compreende... Até o calor humano há aqui, por meio de uma camada de água tépida, por dentro desta beleza...
E a tarada empunhou a banana sexual. E a sacudia, pensativa. Continuou, científica:
– O feminismo marcha, minha filha. Por este processo as mulheres podem saborear a vida, sem precisar dos homens, do casamento, e de outras tolices. Com uma vantagem: esta gracinha faz-se sob medida, e as mulheres de... de... boca grande podem ter as carícias volumosas de que precisam... É uma revolução, uma beleza!
Houve um silêncio. Angélica encolheu-se, cobriu a sua nudez. Claudia sacudia o membro.
– Pega nele – convidou.
Angélica, devagarinho, sentindo uma água ancestral na boca, um apetite hereditário de devassidão, pegou religiosamente no falo. O bruto parecia do legítimo, e latejava, estava quente e convidativo.
– Abre as pernas, meu anjo... – ciciou Claudia, deitando-se."
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
Uma beleza sem estirpe
"Essa tagarelice a propósito de coisas vãs são restos da crise mundana por que passou na adolescência. Quando rapaz, picado por veleidades de elegante, pretendeu frequentar as altas-rodas. Queria conhecer no seu próprio habitat aquelas esquivas criaturas que mal se deixavam ver entre a saída de uma igreja ou um teatro, e a rápida partida, nos automóveis de luxo que as esperavam.
Por uma anomalia do sentimento amoroso, importava-lhe no objeto amado, mais que as qualidade específicas deste, aquilo a que o moço Abdias chamava pedigree. Uma beleza sem estirpe nem posição social não lhe causava impressão."
(Abdias, de Cyro dos Anjos, p. 28)
Por uma anomalia do sentimento amoroso, importava-lhe no objeto amado, mais que as qualidade específicas deste, aquilo a que o moço Abdias chamava pedigree. Uma beleza sem estirpe nem posição social não lhe causava impressão."
(Abdias, de Cyro dos Anjos, p. 28)
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
Gay Talese em Big Think
Abaixo a transcrição do lindo vídeo que pode ser visto no site Big Think:
Question: Has the state of the American libido changed since you published “Thy Neighbor’s Wife?”
Gay Talese: That book dealt with a lot of things – censorship; what was immoral by the standards of that time meaning the 1970s and ‘80s. What is going on today in 2009 – anything goes; you just to have to know to look in a different place for it. When I was researching in the 1970s to do that book that was published in 1980, the aforementioned “Thy Neighbor’s Wife”, things were very visual on the streets. You could see massage parlors. If you walked up Lexington Avenue, Park Avenue even, all over the cities major cities of the United States – for example you would find massage parlor signs right open, and they’re newspapers such as the pornographic newspapers that advertise. Massage parlors were really little more than places of prostitution. I mean you would pay women to perform sexual acts upon yourself. It might be masturbation; it might oral sex; it might be intercourse, but what happened after that AIDS period now the Internet offers everything. If you know how to use the Internet, there’s nothing you can’t get – swingers, mate swapping as I said; the most hardcore pornography’s available.
You see when I started to research that book some quarter century or more ago there was a kind of a moral squad of people who wanted to restrict the right of adults to have access to sexual dalliance. Right now you can’t control it because what’s happened through the technology of the Internet is it brought the merchandising of sex into the home, and people can just sit there on their lap top and order whatever they want. I mean it’s like it’s just as easy as takeout. I mean it’s like going to Kentucky Fried Chicken or having pizza sent in. You can get everything.
Question: Does the mass availability of sex make the act less important in marriage?
Gay Talese: No. You could always go and get sex anyway; that’s nothing new. There’s very little new about sex. It’s just different ways of merchandising it and different ways of obtaining it. If we’re talking about mercenary sexuality, that’s what you are talking about. Now let’s talk about marital sexuality. I said before and I repeat now marriages are not gonna be held together because of sexual performance. You see all these Viagra – God you can barely watch a football game without having 16 Viagra commercial interrupt between every exchange of football. That’s nice I mean it’s great that there is such a thing for impotent men as Viagra and all those other competing products, but again, marriages are not gonna be held together because of sexual performance, it’s not. I mean the beginning as I said the courtship period – okay, that’s a phase, but the sexiest woman alive is not gonna be a marital mate of any consequence if her mate doesn’t respect her or the other way around.
Recorded on September 22, 2009
Question: Has the state of the American libido changed since you published “Thy Neighbor’s Wife?”
Gay Talese: That book dealt with a lot of things – censorship; what was immoral by the standards of that time meaning the 1970s and ‘80s. What is going on today in 2009 – anything goes; you just to have to know to look in a different place for it. When I was researching in the 1970s to do that book that was published in 1980, the aforementioned “Thy Neighbor’s Wife”, things were very visual on the streets. You could see massage parlors. If you walked up Lexington Avenue, Park Avenue even, all over the cities major cities of the United States – for example you would find massage parlor signs right open, and they’re newspapers such as the pornographic newspapers that advertise. Massage parlors were really little more than places of prostitution. I mean you would pay women to perform sexual acts upon yourself. It might be masturbation; it might oral sex; it might be intercourse, but what happened after that AIDS period now the Internet offers everything. If you know how to use the Internet, there’s nothing you can’t get – swingers, mate swapping as I said; the most hardcore pornography’s available.
You see when I started to research that book some quarter century or more ago there was a kind of a moral squad of people who wanted to restrict the right of adults to have access to sexual dalliance. Right now you can’t control it because what’s happened through the technology of the Internet is it brought the merchandising of sex into the home, and people can just sit there on their lap top and order whatever they want. I mean it’s like it’s just as easy as takeout. I mean it’s like going to Kentucky Fried Chicken or having pizza sent in. You can get everything.
Question: Does the mass availability of sex make the act less important in marriage?
Gay Talese: No. You could always go and get sex anyway; that’s nothing new. There’s very little new about sex. It’s just different ways of merchandising it and different ways of obtaining it. If we’re talking about mercenary sexuality, that’s what you are talking about. Now let’s talk about marital sexuality. I said before and I repeat now marriages are not gonna be held together because of sexual performance. You see all these Viagra – God you can barely watch a football game without having 16 Viagra commercial interrupt between every exchange of football. That’s nice I mean it’s great that there is such a thing for impotent men as Viagra and all those other competing products, but again, marriages are not gonna be held together because of sexual performance, it’s not. I mean the beginning as I said the courtship period – okay, that’s a phase, but the sexiest woman alive is not gonna be a marital mate of any consequence if her mate doesn’t respect her or the other way around.
Recorded on September 22, 2009
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