Contribuição de minha amiga Fernanda:
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João de Minas (1896-1984), pseudônimo de Ariosto Palombo, escreveu "A
mulher carioca aos 22 anos" em 1934.
Um trecho:
"– Agora é que você vai ver que bom - estertorou a literata, babando de gozo.
Foi a uma gaveta, e ficou de costas, afivelando uma espécie de cinta. De repente, voltou-se, cheia de um orgulho sádico. Angélica levou um susto. Claudia tinha se transformado num homem, e bem servido.
Aproximou-se, e ficou diante da cama, mostrando o membro triunfante e duro. Foi informando:
– Isto, meu bem, é a última palavra... É um aparelho de borracha, devido ao gênio dos argentinos, e se ajusta tão bem que qualquer mulher pode ser realmente um homem... No escuro, nem se percebe a diferença.
– É o Sexo Masculino Mecânico! No interior dele há uma espécie de dedinho, também de borracha, e que mexe deliciosamente com a gente, logo que se começa o vaivém... Você compreende... Até o calor humano há aqui, por meio de uma camada de água tépida, por dentro desta beleza...
E a tarada empunhou a banana sexual. E a sacudia, pensativa. Continuou, científica:
– O feminismo marcha, minha filha. Por este processo as mulheres podem saborear a vida, sem precisar dos homens, do casamento, e de outras tolices. Com uma vantagem: esta gracinha faz-se sob medida, e as mulheres de... de... boca grande podem ter as carícias volumosas de que precisam... É uma revolução, uma beleza!
Houve um silêncio. Angélica encolheu-se, cobriu a sua nudez. Claudia sacudia o membro.
– Pega nele – convidou.
Angélica, devagarinho, sentindo uma água ancestral na boca, um apetite hereditário de devassidão, pegou religiosamente no falo. O bruto parecia do legítimo, e latejava, estava quente e convidativo.
– Abre as pernas, meu anjo... – ciciou Claudia, deitando-se."
2 comentários:
Qta modernidade! Um texto ( bem ) escrito há 76 anos!
Contribuição da erudita Fernanda Diamant, ;)
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