sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
TV a cabo e amplas janelas
Trecho revisado do conto Lésbicas procuram apartamento. Com algumas adaptações, será talvez o primeiro capítulo do livro.
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"Eu acreditava no diálogo, estava sendo tão ponderada. Deus, mulher rochosa.
- Rafa, honestamente: ela vai descobrir de qualquer maneira. Eu poderia dormir na sua casa, tranquilamente, sem esconder nada. Não seríamos forçadas a transar em horário comercial.
- Você é forçada a transar comigo?
- Não desvia do assunto.
- Foi o que você disse.
- Merda, por que você não me escuta?
Quando levantei um pouco a voz, ela disparou sobre mim a verborragia selvagem.
- Não posso te deixar uma noite sozinha que você enche a cara e trepa com qualquer idiota. Agora vai dar uma de certinha e chegar de mão dada e se apresentar pra minha mãe? Quer ficar noiva e comprar enxoval? Você é patética, eu não suporto você!
- Eu não trepei com ninguém! Do que você está falando?
- Desse babaca que ficou te cantando e te levou bêbada pra uma festa!
- Eu fui na festa mas não transei, porra.
- Duvido!
Ela me empurrou pra fora da cama com raiva, agarrei seu braço mas ela não desistiu, gritava e me chutava com os joelhos, prendi seus braços, ela se revolvia mas não conseguia se soltar. Tentou me morder. Mordi também seu pescoço, o mais forte que pude pra ela se acalmar. Ela começou a chorar.
Sem soltar, sequei suas lágrimas com os lábios e a beijei. Eu chorava também. Eu a amava muito. E também amava aquele apartamento espaçoso, com belos móveis, boa comida, TV a cabo e amplas janelas com vista panorâmica."
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"Eu acreditava no diálogo, estava sendo tão ponderada. Deus, mulher rochosa.
- Rafa, honestamente: ela vai descobrir de qualquer maneira. Eu poderia dormir na sua casa, tranquilamente, sem esconder nada. Não seríamos forçadas a transar em horário comercial.
- Você é forçada a transar comigo?
- Não desvia do assunto.
- Foi o que você disse.
- Merda, por que você não me escuta?
Quando levantei um pouco a voz, ela disparou sobre mim a verborragia selvagem.
- Não posso te deixar uma noite sozinha que você enche a cara e trepa com qualquer idiota. Agora vai dar uma de certinha e chegar de mão dada e se apresentar pra minha mãe? Quer ficar noiva e comprar enxoval? Você é patética, eu não suporto você!
- Eu não trepei com ninguém! Do que você está falando?
- Desse babaca que ficou te cantando e te levou bêbada pra uma festa!
- Eu fui na festa mas não transei, porra.
- Duvido!
Ela me empurrou pra fora da cama com raiva, agarrei seu braço mas ela não desistiu, gritava e me chutava com os joelhos, prendi seus braços, ela se revolvia mas não conseguia se soltar. Tentou me morder. Mordi também seu pescoço, o mais forte que pude pra ela se acalmar. Ela começou a chorar.
Sem soltar, sequei suas lágrimas com os lábios e a beijei. Eu chorava também. Eu a amava muito. E também amava aquele apartamento espaçoso, com belos móveis, boa comida, TV a cabo e amplas janelas com vista panorâmica."
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